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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Qualificação

      O desemprego é um problema muito grave, muitas vezes as pessoas participam de várias entrevistas e não são selecionadas.
      As empresas possuem vagas em variados setores mas para serem ocupadas necessitam de profissionais competentes e qualificados, encontrar alguém competente, dinâmico, enfim com inúmeras qualidades, não é tão difícil como encontrar alguém com qualificação na área desejada.
      Enfim existem muitas escolas com cursos técnicos e vários cursos de qualificação profissional, estes ajudam muito quem está procurando emprego e não tem experiência, uma boa coisa para os jovens que estão em busca do primeiro emprego, pois muitos destes cursos têm alianças com as indústrias gerando assim oportunidades de estágio.

Por: Flayane G. Oliveira

Fotos....( 3° ANO MÉDIO... UNIÃO E DIVERSÃO SEMPRE \õ/)







Exercícios

(Os exercícios a seguir fazem parte da aula com a futura professora Priscilla)

1 –  (FUVEST- SP)
"João Gostoso era carregador de feira-livre e morava
no Morro da Babilônia num barracão sem número.
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu
                                                                         afogado."

Poema de recorde social marcante, foi entretanto traço quase acidental de seu autor, mais afeito ao tratamento lírico dos sentimentos. Em qual dos movimentos literários a seguir se enquadra o poema?
a) Surrealismo.
b) Pós-Modernismo.
c) Modernismo.
d) Romantismo.
e) Pré-Modernismo.
2 – (MACK – SP) - No início do século XX, várias tendências estéticas surgiram na Europa e influenciaram o Modernismo brasileiro. Não faz parte delas o:
a) Dadaísmo.
b) Expressionismo.
c) Futurismo.
d) Cubismo.
e) Determinismo.
3 - (UFPA) Em fevereiro de 1919, Marinetti publicou na Europa um manifesto cujas idéias desencadearam o:
a) Dadaísmo;
b) Futurismo;
c) Surrealismo;
d) Romantismo;
e) Simbolismo;
4 – (UFV – MG) O Modernismo Brasileiro eclodiu com a Semana de Arte Moderna, em 1922. Sobre o movimento SOMENTE podemos afirmar que:
a) os artistas brasileiros queriam formalizar uma grande manifestação para consagrar os ideais clássicos, expressos através do Parnasianismo.
b) a intelectualidade brasileira, de fato, já estava tomando rumos diversos daqueles presentes no século XIX, porém a tendência da poesia era a de permanecer melancólica e saudosista.
c) seria um acontecimento de cunho eminentemente nacionalista, sem qualquer ligação com tendências ou movimentos que não fossem integralmente gerados no Brasil.
d) a Semana ratificaria as premissas do direito à pesquisa estética, disseminada em tantas expressões (literatura, música, pintura, escultura) quantas fossem as dos participantes do movimento.
e) teria como figuras de proa os nomes de Victor Brecheret, Anita Malfatti, Oswald de Andrade e Rui Barbosa.
5 – (UEPG – PR) – A Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo em 1922:
01) provocou reações violentas do público que compareceu ao Teatro Municipal;
02) Marcou o início do Modernismo no Brasil;
04) reuniu muitos dos artistas mais importantes da época;
08) Foi patrocinada pela Academia Brasileira de Letras;
16) Propôs novos rumos para as artes no Brasil.
6 – (UFPR)
Escapulário

No Pão de Açúcar
De Cada Dia
Dai-nos Senhor
A Poesia
De Cada Dia
(Oswald de Andrade, in: "Poesias reunidas". 5 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971, p. 75)

Nota: ESCAPULÁRIO: objeto de devoção formado por dois quadrados de pano bento, com orações ou uma relíquia, que os devotos trazem ao pescoço.
São características modernistas presentes nesse poema:
01) denúncia da exploração, das pressões sociais;
02) abolição da pontuação convencional;
04) utilização da paródia como recurso estético;
08) nacionalismo ufanista;
16) busca da poesia no cotidiano;
32) crítica explícita ao Parnasianismo.
Soma:
7 – (UEPG – PR)  - Leia o início do poema “Máquina-de-escrever”, de Mário de Andrade, publicado no livro O losango cáqui (1924), e assinale o que for correto:
B D G Z, Remington.
Pra todas as cartas da gente.
Eco mecânico
de sentimentos rápidos batidos.
Pressa, muita pressa.
             Duma feita surrupiaram a máquina de escrever
                                                                     de meu mano.
            Isso também entra na poesia
            Porque ele não tinha dinheiro para comprar outra.

01) O poema reflete a incorporação do horizonte tecnológico, ligando-se à primeira fase do movimento modernista;
02) Estamos diante de um texto que se vale de um novo ritmo, o ritmo acelerado da vida moderna – aqui refletido pela velocidade da datilografia;
04) Os três últimos versos, que se separam do poema pelo deslocamento da margem, funcionam como uma quebra do ritmo apressado. Trata-se de um momento de introdução da prosa no poema, característica da poesia modernista;
08) Também é um elemento definidor do Modernismo o uso poético da linguagem oral, daí aparecerem vocábulos como “duma”, “mano” e “pra”.
16) O ato de datilografar não é apenas comentado pelo poeta. Ele aparece representado pelo uso das letras B D G Z, que não formam uma palavra. Na fragmentação destas letras fica sugerida a estética fragmentária do período.
8 -  (UEPG – PR ) Entre as idéias dos modernistas brasileiros da primeira geração não estava:
a) a valorização da cultura nacional.
b) o respeito à liderança da Academia Brasileira de Letras.
c) o repúdio à mentalidade burguesa.
d) o direito à pesquisa estética.
e) a atualização dos valores estéticos no Brasil.

9 - (UF SANTAMARIA-RS)
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem-comportado
(...)
— Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
(Manuel Bandeira)
Através dos versos citados, apresente, comentando, a posição expressa pelo poeta, com relação ao
a) Parnasianismo
b) Modernismo
10 - (FUVEST)
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo!
O uso do poema-paródia, exemplificado na estrofe acima, é uma das características do movimento:
a) romântico.
b) simbolista.
c) arcádico.
d) parnasiano.
e) modernista.
11 -  (PUC-PR) A poesia modernista revela:
a) ritmo psicológico.
b) cotidianismo.
c) sintaxe e pontuações revolucionárias.
d) estão corretas as afirmativas a e c.
e) estão corretas as afirmativas a, b e c.
12 - (UFPR) Leia com atenção o texto abaixo:
Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor.
Imagino Irene entrando no céu:
– Licença, meu branco!
E São Pedro bonachão:
– Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.
(Manuel Bandeira)
Neste poema estão presentes os seguintes traços característicos da poética modernista:
01 – Temática nova, centrada no dinamismo e no aperfeiçoamento industrial.
02 – Interesse maior pelo inconsciente e pela dimensão cósmica do ser.
04 –Busca da pureza poética nas coisas, criaturas e atitudes mais simples.
08 – Uso da linguagem coloquial.
16 – Culto dos recursos da versificação.
32 – Expressão do essencial poético com o mínimo de artifícios.

Felicidade Clandestina -Clarice Lispector

(Essa postagem faz parte da aula com a futura professora Priscilla) 


Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria. Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como "data natalícia" e "saudade". Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia. Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria. Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu nao vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam. No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez. Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranqüilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do "dia seguinte"com ela ia se repetir com meu coração batendo. E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra. Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. As vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados. Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler! E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com o livro por quanto tempo quiser." Entendem? Valia mais do que me dar o livro: "pelo tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer. Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo. Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada. As vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo. Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante. ***


Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria. Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como "data natalícia" e "saudade". Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia. Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria. Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu nao vivia, eu nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam. No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez. Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono de livraria era tranqüilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do "dia seguinte"com ela ia se repetir com meu coração batendo. E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra. Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. As vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados. Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler! E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com o livro por quanto tempo quiser." Entendem? Valia mais do que me dar o livro: "pelo tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer. Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo. Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada. As vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo. Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante. ***

GÊNERO LITERÁRIO – GÊNERO NARRATIVO – PROSA

 ( Essa postagem faz parte da aula com a futura professora Priscila)
CONTO

Narrativa de menor extensão que o romance e que a novela, o conto se caracteriza por ter apenas um conflito, unidade espacial, temporal, menor número de personagens e menor complexidade de enredo.
Apesar disso, Mário de Andrade, quando perguntado sobre o que era um conto, respondeu: “O que é um conto? ... Em verdade, sempre será conto aquilo que o autor batizou com o nome de conto”. Essa declaração apareceu no livro “Empalhador de Passarinhos”.
O conto é, hoje, uma das formas literárias mais utilizadas no Brasil, embora já fosse cultivado por Machado de Assis, considerado um dos maiores contistas brasileiros, com textos célebres, como Missa do Galo e A Igreja do Diabo.

CRÔNICA

Embora tenha surgido com a ideia de relato temporal (o nome vem de cronos, que significa tempo), a crônica se caracteriza por ser um texto curto, que versa sobre um acontecimento diário, que capta um flagrante da vida real mostrado sob os olhos do cronista.

Futurismo, cubismo e mais....

(Essa postagem faz parte das aulas com a futura professora Priscila )

A REVOLUÇÃO MODERNISTA E A SEMANA DA ARTE MODERNA

Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
(...)
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare
- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação. 
(Manuel Bandeira)

O trecho acima, do poema Poética, de Manuel Bandeira, mostra a essência do movimento modernista, que foi o espírito de irreverência, rebeldia e o rompimento com os padrões artísticos dominantes. É o espírito destruidor, iconoclasta, que se volta principalmente contra o “lirismo comedido e bem comportado” dos parnasianos.

VANGUARDAS EUROPEIAS

A primeira guerra mundial pôs fim à euforia da belle époque e marcou o verdadeiro início do século XX, abrindo espaço para os movimentos de protesto, ideológicos e artísticos, que já se vinham manifestando há duas décadas. Esse espírito de contestação deu origem a diversos movimentos chamados de vanguardas.

FUTURISMO

Em 1909, Filippo Tommasio Marinetti publicou no jornal Le Fígaro, de Paris, o Manifesto do Futurismo.
"Queremos luz, ar, ventiladores, aeroplanos, reivindicações obreiras, idealismos, motores, chaminé de fábricas, sangue, velocidade, sonho, na nossa arte."
- Versão dinâmica da realidade;
- Verso livre
- 'Imaginação sem fios' - palavra em liberdade;
- Valorização da máquina, da velocidade, dos símbolos;
- Destruição da sintaxe;
- Abolição dos adjetivos, advérbios, pontuação, conjunções.

CUBISMO

O Cubismo surgiu em 1907, lançado por Pablo Picasso com a tela Les Demoiselles d’Avignon.
- Características: estilo deformante; bidimensionalismo; interpenetração de plano; fuga do discurso; abandono da métrica e da pontuação; textos em forma de fragmentos instantâneos.

Bangalô

Bicos elásticos sob o jérsei
Um maxixe escorrega dos dedos morenos de Gilberta
Janelas
Sotas e ases desertam o céu das estrelas de rodagem
O piano fox-trota domingaliza
Um galo canta no território do terreiro
A campainha telefona
Cretones
O cinema dos negócios
Planos de comprar um forde
O piano fox-trota
Janela
Bondes.

(Oswald de Andrade)

O humor, irônico ou otimista, derivado da visão instantânea do mundo, ocupou espaço na poesia cubista que influenciou alguns participantes da Semana da Arte Moderna.

Moça linda bem tratada.
Três séculos de família.
Burra como uma porta
Um amor
(Mário de Andrade)

DADAÍSMO
  • Apologia ao absurdo e ao incoerente;
  • Propõe a destruição do ambiente;
  • Ausência do equilíbrio, irreverência;
  • Linguagem improvisada; Explora o uso de neologismo;
  • Aproximação com o mundo dos loucos.
Em 1916, foi fundado o Cabaret Voltarie, por Hugo Ball, e logo tornou-se local de reuniões de intelectuais e foragidos da guerra. Neste cabaret, Tristan Tzara, o próprio Hugo Ball, Hans Harp, Marcel Janco e Huelsembeck lançaram o Dadaísmo, tendo como intenção buscar uma liberdade de se exprimir, de agir; pregando e destruição do passado, o passado cultural e sócio-político da humanidade, assim como dos valores presentes, e não vendo qualquer esperança ao futuro. Francis Picabia, Amorous Parade.
Tristan Tzara ensina uma "técnica" de como se escrever um poema dadaísta:
Pegue um jornal.
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.
Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e
meta-se num saco.
Agite suavemente.
Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco.
O poema se parecerá com você.
E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda
que incompreendido do público.

SURREALISMO

O líder do movimento surrealista André Breton, em 1924, estabeleceu alguns princípios:
-automatismo psíquico: expressar de qualquer forma o funcionamento real do pensamento.
- ditado do pensamento: de qualquer forma, independente de qualquer preocupação estética e moral.
-Escrita: sem tema preconcebido, bastante rápido para não esquecer ou não sentir o desejo de reler o que fica escrito.
-A frase virá por si: a cada segundo há uma frase, estranha ao nosso pensamento consciente, pedindo para ser exteriorizada.

Vejamos um poema de Murilo Mendes:
Panorama

Uma forma alada sacode as asas no espaço
E me infiltra a preguiça, o amor ao sonho.
Num recanto da Terra uma mulher loura enforca-se e
                                                              vem no jornal.
Uma menina de peito largo e ancas finas sai do fundo do mar
Sai daquele navio que afundou e vira uma sereia...

ANTECEDENTES DA SEMANA DE ARTE MODERNA

As ideias revolucionárias surgiram bem cedo no Brasil. Desta vez não ficamos a reboque das novidades, mas também produzimos nossas novidades. Provas disso são as ocorrências que desde o início do século vieram preparando a oficialização do Modernismo entre nós.
- Em 1911, Oswald de Andrade fundou um semanário humorístico e irreverente chamado “O PIRRALHO”. Neste e em outros veículos da imprensa começaram a surgir notícias sobre a agitação artística européia.
- Em 1915, a Revista Orpheu, com a colaboração do brasileiro Ronald de Carvalho, lançou o Modernismo em Portugal.
- 1917 pode ser considerado o ano em que foi dada a partida para a instauração do Modernismo no Brasil.
1) Mário de Andrade publicou o livro “Há uma gota de sangue em cada poema”, em que a poesia passa a se preocupar com a realidade do mundo em guerra.
2) Menotti Del Picchia publicou um longo poema, sem estrofes nem rimas, intitulado “Juca Mulato”, no qual a natureza dialoga com o sertanejo que pretende abandoná-la.
3) Manuel Bandeira lançou “Cinzas das horas”, em que mistura poemas parnasianos e simbolistas com outros já modernistas.
4) Anita Malfati faz uma exposição “escandalosa” de pinturas, que é severamente criticada por Monteiro Lobato no famoso artigo “Paranóia ou mistificação?” Este artigo provocou uma reação de apoio a Anita por parte de muitos artistas. Esses fatos ficaram conhecidos como o estopim do Modernismo.
5) em 1918, Manuel Bandeira, no livro “Carnaval”, publicou um poema satírico antiparnasiano que se tornou o hino da revolução modernista.

                                       
A Semana da arte Moderna:

A Semana realizou-se de 11 a 18 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, como parte das comemorações do Centenário da Independência.
Ficaram expostas à visitação pública todas as criações artísticas que de um modo ou outro refletiam as tendências inovadoras, as quais vinham manifestando-se desde os primeiros anos do século XX.
A Semana da Arte Moderna se encerrou deixando a certeza de ter sido uma grande farra para os artistas. Do ponto de vista popular, a Semana foi um fracasso: o público não entendeu e não aceitou as propostas renovadoras apresentadas no Teatro Municipal.

Resumo dos princípios fundamentais do Modernismo:

- Ruptura com as velhas formas acadêmicas e parnasianas, necessidade de chocar o público;
- Utilização da poesia (espontânea e criativa) como principal veículo de expressão
-Liberdade de pesquisa, de criação e de expressão: nada é obrigatório, nada é proibido na arte.
- Cada autor é, praticamente, uma escola: ele respeita apenas sua inspiração e se sente livre para usar a escrita automática (Surrealismo), os versos livres, a poesia do subconsciente.
- São conseqüências dessa liberdade o EXPERIMENTALISMO, a IRREVERÊNCIA, o humor, a alegria de criar, a valorização das coisas do dia-a-dia, a presença da tecnologia moderna.
-Linguagem coloquial, aceitação de erros gramaticais, oralidade: escrever o mais parecido possível com a linguagem falada.
- BRASILIDADE: a busca de uma arte genuinamente brasileira.



O MODERNISMO (1922 – 1930)

Esta época foi marcada por obras como Macunaíma, Cobra Norato, Pauliceia Desvairada, Memórias sentimentais de João Miramar, Manifesto Antropofágico, Libertinagem e outras.
A maior preocupação dos autores foi a forma revolucionária que eles deram a essas obras.
Uma grande diversidade de tendências, incentivadas pela total liberdade na arte, ensejou o surgimento de numerosos e variados manifestos, revistas e correntes modernistas.

PRINCIPAIS REVISTAS DA ÉPOCA:

Klaxon, A Revista, A Revista Verde, Festa, Joaquim.

PRINCIPAIS MANIFESTOS E CORRENTES DO MODERNISMO (1922 – 1930)

- Manifesto da Poesia Pau-Brasil: lançado em 1924 por Oswald de Andrade. Defendeu o primitivismo anárquico, que pregava o retorno às raízes primitivas da nacionalidade.
- Em 1928, Oswald reafirmou e ampliou a idéia do primitivismo, lançando o Manifesto Antropofágico, em que se realça a “Brasilidade”: “Tupi or not Tupi, that is the question.”
- A “Revista de Antropofagia” foi dirigida por Antônio de Alcântara Machado e Raul Bopp e teve a colaboração de grande parte dos autores da época.
-O manifesto Verde-Amarelo ou do Grupo da Revista Anta, representado por Menotti Del Picchia, Plínio Salgado e Cassiano Ricardo, foi reunido na Obra coletiva “O curupira” e “O Carão”.
O Verde-Amarelismo defendeu um nacionalismo radical, xenófobo, de extrema-direita, em oposição ao esquerdismo de Oswald e de seu grupo.
Recusa de todo o contágio europeu e a defesa de valores nacionalistas puros, como a terra, o sangue, raça, herois nacionais.

PÓS-MODERNISMO (1930-1945)

Romances regionalistas: O Quinze; Menino de Engenho; Fogo Morto; São Bernardo; Vidas Secas; São Jorge dos Ilhéus; Gabriela, cravo e canela; O tempo e o vento; Poesias do Carlos Drummond de Andrade.
O Modernismo, entretanto, continuou alimentando as mesmas indefinições do princípio: viveu oscilando entre a modernidade e a tradição; entre o realismo cru e a espiritualidade herdada pelo romantismo; entre a direita conservadora e a esquerda revolucionária.

NEOMODERNISMO (1945 - )

De 1945 até nossos dias, assistiremos uma avalanche de propostas das mais diferentes e contraditórias tendências.

POESIA: a geração de 45 quer voltar à poesia técnica e de temas universais; as vanguardas querem fazer uma poesia ainda mais revolucionária que as de 22 (Concretismo, poesia-práxis, poema-processo); dezenas de outros poetas (Ferreira Gullar, Chico Buarque, Tiago de Melo, Paulo Mendes Campos, Stella Leonardos, Hilda Hilst, Carlos Nejar etc) fazem poesia de protesto, poesia de cunho político e social e também poesia marginal, escrachada e escandalosa.

PROSA: Clarice Lispector, João Guimarães Rosa, Antonio Callado, Dinah Silveira de Queirós, Nélida Piñon, Dalton Trevisan e muitos outros irão, uns, vasculhar a alma e a mente humana; outros penetrarão no interior do Brasil e da alma do povo brasileiro; ainda outros irão escancarar a realidade cruel e desumana das cidades. A violência, a miséria, a luta pela sobrevivência, as distorções da justiça e tudo o que se refere à vida das modernas cidades ou nos campos é tema para literatura de nossos tempos.

PROSA DO NEOMODERNISMO – CLARICE LISPECTOR (1925-1977)

Nascida em Tchetchelnik, na Ucrânia, Clarice Lispector veio para o Brasil com apenas três anos de idade. Cresceu e estudou no Recife. Casou-se com um diplomata e viveu fora do país durante doze anos. Faleceu no Rio de Janeiro.

Obras:
Clarice publicou seu primeiro livro, Perto do Coração Selvagem, com 19 anos de idade, e causou muita agitação nos meio literários. Escreveu ainda: O Lustre, A Cidade Sitiada, A Maça no Escuro, A Paixão Segundo G.H., Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres, Água Viva, A Hora da Estrela, Laços de Família (contos), A Legião Estrangeira (contos), Felicidade Clandestina (contos).
A obra de Clarice Lispector continua, confirma, renova e defina a linha da ficção introspectiva que se manifestara na década de trinta com Otávio de Faria, Cornélio Pena, Ciro dos Anjos, Dionélio Machado e outros.



Estilo – Visão de Mundo – Princípios Existenciais

- Coloca em discussão seus próprios problemas e questionamentos como ser humano e como mulher, identificando-se com as personagens;
- sua ficção é intimista, introspectiva, através da qual ela mergulha nas profundezas de seu ser em busca de respostas para esses questionamentos;
- os textos de Clarice se apresentarão complexos e abstratos porque ela dá vazão às suas proposições e dúvidas através de um recurso chamado FLUXO DE CONSCIÊNCIA, que consiste numa associação livre de ideias, sem nexo nem lógica aparente;
- sua linguagem se aproxima daquela utilizada por alguém que, numa sessão de análise, fala aos borbotões, diz o que lhe vem à mente naquele momento;
- a personagem, para traduzir seus estados emocionais, utilizará todos os recursos possíveis:
1) metáforas incomuns e questionamentos filosóficos ou metafísicos;
2) monólogos interiores e discurso narrativo que buscam a criação de uma supra-realidade pessoal e poética (prosa poética e intimista, influência de James Joyce e Virgínia Woolf);
3) Busca constante de libertação e de mudanças na maneira de viver por parte das personagens, que, no fundo, são a própria Clarice;
4)Consciência da própria solidão, ao perceber que “o inferno são os outros” como disse Sartre, popularizando o existencialismo de Heideggerm, Kierkgaard e Jaspers;
5) Descoberta e revelação de si mesmo, busca do significado da vida, escolha dos próprios caminhos, convivência com a náusea e a angústia das próprias limitações, adaptação ao mundo e busca de um lugar para si.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Qualificação: O abrir de portas

   Hoje, a busca pela qualificação profissional  está baixa. Cada vez mais as empresas exigem ao menos uma qualificação adequada do trabalhador, e por essa falta de qualificação do trabalhador, acaba sobrando empregos e desempregados em nossa sociedade.
   Por outro lado, a qualificação por meio de cursos, está com custo cada vez maior, e o trabalhador desempregado geralmente não tem como arcar com os custos, fazendo com que os três lados sejam prejudicados: a empresa, o trabalhador e a empresa que os qualifica.
   Talvez, se todos entrassem em um acordo, como por exemplo, o trabalhador começar a trabalhar na empresa, que oferece um curso de qualificação uma vez por semana, pela metade do custo, todos lucrariam e o desemprego diminuiria.


(Tauane C.R. Mollo)

quinta-feira, 24 de março de 2011

Vingança

 Era de noite não tinha ninguém por perto. Ele estava vestido de branco. Saquei o 38 e atirei no pára-brisa, mais para estrunchar o vidro do que para pegar o sujeito (...). O sujeito estava coberto por milhares de pequenos estilhaços de vidro. Sangrava muito de um ferimento feio no pescoço e a roupa branca dele já estava toda vermelha. 
 Na estrada, o carro seguia desgovernado, não havia outros veículos na pista até que se deparou com uma serie de arbustos no canteiro lateral direito da rua (...) De longe avistei um enorme clarão e bastante fumaça, o carro tinha explodido e depois capotado ribanceira abaixo. Depois de passados 2 minutos, fui com meu carro até o recinto para conferir se o sujeito havia entrado em óbito. Preocupado e com o pressentimento de que ele ainda estava vivo, me aproximei e olhei assustado a cena deplorável em que o sujeito se encontrava morto e com os olhos fechados, fiquei observando por alguns segundos, virei as costas para ir embora, foi quando escutei o barulho de um gatilho, pronto a ser disparado em direção a mim (...).

(Giovana R.T.)

Aqui se faz, aqui se paga.

  Era de noite não tinha ninguém por perto. Ele estava vestido de branco. Saquei o 38 e atirei no pára-brisa, mais para estrunchar o vidro do que para pegar o sujeito (...). O sujeito estava coberto por milhares de pequenos estilhaços de vidro. Sangrava muito de um ferimento feio no pescoço e a roupa branca dele já estava toda vermelha. 
  Foi quando me desesperei para ver se não tinha nenhuma pessoa para testemunhar o acontecimento.
  Peguei a chave e liguei-a na ignição. Sai em disparada, logo meu chefe ligou.
- O serviço está feito?
-Sim chefe!- assim pensei eu.
-Ok, acertamos o combinado depois.
  Cheguei em casa, mas estava preocupado de que o sujeito não havia morrido. Aquilome corroia a consciência. Virava de um lado para outro, pensando que ele pudesse estar lá, ou não muito longe.
  Entrei no carro, em busca de encontrá-lo, quando me deparei com a imagem do homem na minha frente.
-Eu sabia que você voltaria!-afirmou o homem.
  Foi quando ele sacou uma arma e me disparou vários tiros.
  Não tive reações e ali permaceni até a morte.

(Andreza S.)

O Aniversário

 Era de noite não tinha ninguém por perto. Ele estava vestido de branco. Saquei o 38 e atirei no pára-brisa, mais para estrunchar o vidro do que para pegar o sujeito (...). O sujeito estava coberto por milhares de pequenos estilhaços de vidro. Sangrava muito de um ferimento feio no pescoço e a roupa branca dele já estava toda vermelha. 
  O coitado estava quase morto, mas seu celular tocava com um toque muito triste.
  Atendi seu celular para ver quem era que estava incomodando naquele momento crítico, quando atendi, escutei uma voz de mulher. Era sua esposa perguntando se ja estava chegando em casa para comemorar o seu aniversário de vinte e cinco anos.
  Quando escutei isso, pensei no que tinha feito porque não era a minha intenção e sim explodir a raiva que estava dentro de mim naquele momento. Então refleti:
-Não posso deixar este cara perder sua vida em pleno dia de seu aniversário.
  Peguei -o e o levei ao hospital mais próximo dali, depois de ter extraído a bala de seu pescoço e feito o curativo , o levei para sua casa e fui convidado para seu aniversário.

(Giovani S.)

quarta-feira, 23 de março de 2011

O Vingador

  Era de noite não tinha ninguém por perto. Ele estava vestido de branco. Saquei o 38 e atirei no pára-brisa, mais para estrunchar o vidro do que para pegar o sujeito (...). O sujeito estava coberto por milhares de pequenos estilhaços de vidro. Sangrava muito de um ferimento feio no pescoço e a roupa branca dele já estava toda vermelha. 

   O rapaz que atirou, se chamava Arnaldo e ele tinha feito isso porque à um tempo atrás, o homem que estava de branco que se chamava Claudio tinha brigado com ele na rua e o Claudio o esfaqueou e nesta briga o Arnaldo ficou com muita raiva e disse que ia se vingar dele mas ele não acreditou.
   Então na hora que eles estavam brigando a polícia chegou e o Claudio saiu correndo e quem foi preso foi o Arnaldo e por causa disso o Arnaldo disse que quando saísse da cadeia ele iria se vingar.
   Uns meses depois, ele saiu da cadeia e por isso ele foi atrás do Claudio que estava dentro do carro e ele viu que a roupa dele branca e estava cheia de sangue.
   Então ele pôs a mão no pulso dele e viu que ele morreu e saiu correndo como se não tivesse acontecido nada e ninguém descobriu que o Arnaldo matou ele e assim ele conseguiu se vingar.

(Eliana G.)

sábado, 19 de março de 2011

Uma Vida por Outra Vida

  Era de noite não tinha ninguém por perto. Ele estava vestido de branco. Saquei o 38 e atirei no pára-brisa, mais para estrunchar o vidro do que para pegar o sujeito (...). O sujeito estava coberto por milhares de pequenos estilhaços de vidro. Sangrava muito de um ferimento feio no pescoço e a roupa branca dele já estava toda vermelha. 

  Encontrei junto à sua mão, um canivete sujo de sangue, logo percebi que ele tentara suicídio. Imediatamente liguei para o hospital. Esperei cerca de uma hora à ambulância chegar e nada. Levantei-o delicadamente do banco e o coloquei em meu carro. O pescoço do homem sangrava igual a uma torneira aberta (ainda que tivesse colocado um pano para estancar o ferimento), quando, sem perceber, uma vaca louca se joga em frente ao meu carro...
  Acordei, já era de manhã, tentei levantar mas não sentia minhas pernas, olhei e vi o homem provavelmente sem vida e desmaiei. Acordei, desta vez estavam minha esposa e meu filho ao lado de meu leito. Perguntei o que houve, e disseram que eu estava ao lado de meu carro destruído por uma batida em uma árvore. Indaguei a minha mulher aonde estava o homem que ajudei e ela respondeu: -Só havia você e seu carro totalmente destruído.

Mariane

O Assassino da Noite

  Era de noite não tinha ninguém por perto. Ele estava vestido de branco. Saquei o 38 e atirei no pára-brisa, mais para estrunchar o vidro do que para pegar o sujeito (...). O sujeito estava coberto por milhares de pequenos estilhaços de vidro. Sangrava muito de um ferimento feio no pescoço e a roupa branca dele já estava toda vermelha.

  A vítima respirava sufocadamente por causa do ferimento no pescoço, mas mesmo assim ele estava vivo. Pensei que tinha-lhe matado e sai correndo pela rua com pressa em chegar em casa, com o revólver na cintura, logo me veio na cabeça a cena tão aterrorizante do crime praticado, logo pensei em esconder a arma do crime, coloquei-a em um saco plástico e o escondi em um buraco em meu terreno.
  No outro dia, levantei de manhã e peguei um jornal para ver, logo estava na primeira página o homem que eu tinha matado, não sobreviveu ao ferimento no pescoço e faleceu, logo me espantei porque a polícia estava à procura do assassino.
  Dali uma semana a polícia arrombou a minha casa e me prendeu, pois eu deixei uma digital no local do crime.

Samuel

quarta-feira, 16 de março de 2011

A Desgraça

  Era de noite e não tinha ninguém por perto. Ele estava vestido de branco. Saquei o 38 e atirei no pára-brisa, mais para estrunchar o vidro do que para pegar o sujeito (...) O sujeito estava coberto por milhares de pequenos estilhaços de vidro. Sangrava muito de um ferimento feio no pescoço e a roupa branca dele ja estáva toda vermelha.
   Eu rapidamente fui o ajudar, ele tinha um enorm buraco em sua jugular. Tentei estancar com tudo que havia ao meu lado enquanto os paramédicos não chegavam.

   Quinze minutos depois chegou a ambulância e ajudei a colocá-lo dentro do veículo e fui para o hospital. Já dentro da ambulância, os paramédicos conseguiram conter o sangue e estabilizaram os batimentos cardíaco, mas ainda corria sérios riscos de vida.
   Chegando ao hospital, aquele sujeito foi levado as pressas para o centro cirúrgico, os médicos tentaram reanimá-lo mas sem sucesso e infelizmente o individuo não resistiu e faleceu.

(Alisson W.)

terça-feira, 15 de março de 2011

Noite Sofredora

Era de noite e não tinha ninguém por perto. Ele estava vestido de branco. Saquei o 38 e atirei no pára-brisa, mais para estrunchar o vidro do que para pegar o sujeito (...) O sujeito estava coberto por milhares de pequenos estilhaços de vidro. Sangrava muito de um ferimento feio no pescoço e a roupa branca dele ja estáva toda vermelha.Sofria tanto que mal conseguia respirar.Ele me magoara muito,e o que ele fez foi imperdoável.Criei tanto ódio dele,que vê-lo sofrer,fez bem.Não deveria ter me envolvido com ele.
  O ferimento em seu pescoço estava profundo,e jorrava sangue como se fosse água.Sabia que ele não iria durar muito.Mas tudo bem.
  Estava de pé,em sua frente,olhando-o sofrer até sua morte.Ele mal conseguia respirar,sua respiração estava ofegante demais.Ele me olhava como que pedindo ajuda,piedade.Não fiz nada.Somente o vi se contorcer no banco do carro em busca de ar.
   Vi seu sofrimento angustiado,seu sangue escorrendo e sujando o carro.Fiquei lá,até o seu último supiro.
(Dany)

Minha condenação

O texto a seguir, foi uma atividade em sala de aula que todos os alunos fizeram. A proposta era que a professora desse o início da redação e nós continuássemos.Vocês verão vários outros trabalhos como esses aqui.



 Era de noite e não tinha ninguém por perto. Ele estava vestido de branco. Saquei o 38 e atirei no pára-brisa, mais para estrunchar o vidro do que para pegar o sujeito (...). O sujeito estava coberto por milhares de pequenos estilhaços de vidro.
  Sangrava muito de um ferimento feio no pescoço e a roupa branca dele já estava toda vermelha, (...) percebi então o que tinha feito; sujei minhas mãos com o sangue de uma pessoa que sequer conhecia.
  Ouvi a criança que estava no banco de trás dizendo enquanto chorava:
-Papai,papai!
  Já que tinha ido até aquele ponto, não tinha mais nada a perder; peguei a carteira que estava no bolso de sua camisa e corri o mais rápido que pude.
  Fiquei com a imagem daquela pobre criança na cabeça. Tão jovem e já conhecendo o carrasco que se chama Vida; vida que acabara de tirar daquele homem inocente sem querer. Atirei, acertei, sou culpado mesmo sem ter intenção de matar.
  Parei no caminho e chorei. Fui me entregar a polícia, quem sabe poderiam amenizar minha dor da culpa.
  E a criança, peço seu perdão.
(Tauane RM)

terça-feira, 8 de março de 2011

3º Ano Médio

A finalidade desse blog é postar os trabalhos realizados na disciplina de Língua Portuguesa do Terceiro Ano Médio do colégio Meneleu; como produções de texto poesias etc.

É isso,logo estaremos postando mais coisas!!