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sábado, 19 de março de 2011

Uma Vida por Outra Vida

  Era de noite não tinha ninguém por perto. Ele estava vestido de branco. Saquei o 38 e atirei no pára-brisa, mais para estrunchar o vidro do que para pegar o sujeito (...). O sujeito estava coberto por milhares de pequenos estilhaços de vidro. Sangrava muito de um ferimento feio no pescoço e a roupa branca dele já estava toda vermelha. 

  Encontrei junto à sua mão, um canivete sujo de sangue, logo percebi que ele tentara suicídio. Imediatamente liguei para o hospital. Esperei cerca de uma hora à ambulância chegar e nada. Levantei-o delicadamente do banco e o coloquei em meu carro. O pescoço do homem sangrava igual a uma torneira aberta (ainda que tivesse colocado um pano para estancar o ferimento), quando, sem perceber, uma vaca louca se joga em frente ao meu carro...
  Acordei, já era de manhã, tentei levantar mas não sentia minhas pernas, olhei e vi o homem provavelmente sem vida e desmaiei. Acordei, desta vez estavam minha esposa e meu filho ao lado de meu leito. Perguntei o que houve, e disseram que eu estava ao lado de meu carro destruído por uma batida em uma árvore. Indaguei a minha mulher aonde estava o homem que ajudei e ela respondeu: -Só havia você e seu carro totalmente destruído.

Mariane

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